Há uma ou duas semanas, a câmara colocou algum equipamento de manutenção no Parque 25 de Abril e no Bairro da Eira. Começo por louvar esta iniciativa porque penso que é importante disponibilizar este tipo de aparelhos que, sendo novidade, atraem pessoas que necessitam de se mexer e não se mexem!
Agora, gostaria que perceber qual o motivo que levará as pessoas a sair de casa para fazer ginástica à torreira do sol e sob o olhar de todos os que passam de carro.
É incrível como uma iniciativa destas pode não vir nunca a funcionar pela má localização que se escolhe para "plantar" o dito equipamento!
Hoje disseram-me: "No sábado de manhã, fulano estava a fazer ginástica no Bairro da Eira" (porque até está frio e sabe bem estar ao sol). Toda a gente que passa de carro percebe quem é que está, quando está, quantas horas permanece.
Ora uma pessoa, quando se predispõe a fazer exercício físico, gosta de se abstrair, de, pelo menos, não sentir que está a ser observada.Falo por mim, quando decido exercitar-me não gosto de "mirones". Gostaria de usar mais vezes este equipamento, mas de certeza que não vou expor-me. Sou uma pessoa recatada, irei fazer ginástica para outro lado, sem recurso a equipamento nenhum.
Com tantos espaços ensombrados que temos, porquê no passeio do Bairro da Eira? Ao sol e com vista para a estrada? Vamos esperar pelo Verão e tentar contar quantas pessoas irão "malhar" durante o dia?
Ouso até desafiar quem teve a ideia de aí os colocar, a fazer meia hora de exercício físico, durante a hora de almoço, num qualquer dia de sol dos meses de Verão.
Resta perguntar: Será para serem usados ou para serem vistos por quem passa?
Arrisco uma resposta: são seguramente para inglês ver...
Raramente comento em blogs, mas neste caso achei conveniente faze-lo.
ResponderEliminarCada pessoa tem as suas ideias, uns não se importam de fazer exercício físico sendo vistos por todos, outros, como é o seu caso, não o ousam fazer e há que o respeitar.
Pessoalmente, também não me vejo a usar esse tipo de máquinas, mas não condeno quem o faça, pois quem o faz de certo que se sente bem em faze-lo, e mais certamente, não se importa com que os outros digam, e corrijam-me se estou errado!
O único senão que aponto, nada tem a ver com a sua exposição nas horas de maior calor, pois até à noite se faz exercício, mas, prende-se com o facto de as instruções de uso serem de fraca visibilidade, sou da opinião que, se existissem placares ao género dos do circuito de manutenção (antes de ser vandalizado) seria o mais correcto.
Tenho visto bastante gente a usa-los, uns por mera curiosidade, outros que já fazem daquilo rotina. Só espero não ver chicos espertos a vandaliza-los.
anoíno,
ResponderEliminaro facto de raramente comentar em blogues e ter decidido fazê-lo na mari julha é, para nós, uma honra.
o formato blogue, no nosso caso, apenas existe por ser gratuito, de fácil manutenção e publicação e permitir uma mais fácil acessibilidade a todos. a ideia é ser um fórum público onde possamos todos trocar ideias sobre as transformações que vão ocorrendo e que, quer queiramos quer não, afectam a nossa qualidade de vida.
apesar de, por vias da má utilização, os blogues terem má fama em castelo de vide, são sobejamente reconhecidos como ferramentas de comunicação valiosíssimas. e é por aí que queremos ir e só lá chegaremos se houver participação.
dito isto, muito obrigado pela opinião fundada.
Caro Anoíno,
ResponderEliminarAcho bastante pertinente a sua opinião. Pensei o mesmo quando experimentei os aparelhos pela primeira vez (no parque 25 de Abril e à noite), e garanto que, para além de serem bons, são de muito fácil utilização.
Percebo que todos teremos mais disponibilidade no período nocturno, mas penso que quando um município gasta dinheiro, o objecto alvo desse gasto deveria ser optimizado. E desta forma não o é, não havendo alternativa ao período pós pôr-do-sol.
Poder-me-á dizer: "De dia as pessoas trabalham". E quem não trabalha? Há reformados, desempregados, estudantes, pessoas em férias, horários de trabalho flexíveis, trabalhadores nocturnos, trabalhadores por turnos, etc., etc.
Neste caso: quem quer ir à noite vai; quem quer ir de dia, não pode porque "morre" abafado e desidratado! Não há escolha possível! É esta a minha crítica.
(Já quase imagino "gangs" nocturnos, compostos pelos reformados da terra, a organizarem turnos pela noite fora... até de madrugada!)
ora se fzem pk fazem tamem nunca tam satesfetes!!!
ResponderEliminarjoam do torram
Em primeiro lugar, a instalação de tais aparelhos só pode ser positivo numa terra onde, grande parte das pessoas em idade activa e sem dificuldades de locomoção, optar por fazer as escassas centenas de metros que as separam das suas habitações do local de trabalho ou do café, no seu transporte motorizado.
ResponderEliminarA localização. Bom, dificilmente haveria consenso. Se a ideia é uma utilização pública, livre e ao "ar livre", é impossível que não estejam à vista de toda a gente. Vivemos em sociedade, logo, é natural que as outras pessoas vejam o que fazemos em espaços públicos! Isto já me faz lembrar a polémica com a piscina que tem bancadas, um miradouro e um relvado onde as pessoas podem ser observadas.
Se há gente ( e eu sei que não é pouca) que não têm mais nada que fazer que andar a comentar a vida alheia, aí já é pobreza de espírito de cada um e sinceramente estou-me a cagar para isso.
Quem não estiver à vontade, sinceramente também não tem que estar a inventar problemas e tem bom remédio: ou continua a não fazer exercício físico - tal como antes de lá colocarem as máquinas - ou então fá-lo, de outra forma qualquer.
O.B.L.