MINHA TERRA BRANCA

Boa noite.
Respondendo ao vosso convite, aqui lhes deixo um poema que fiz a Castelo de Vide, minha terra.
Espero que responda aos vossos requisitos.


MINHA TERRA BRANCA


Subo ao castelo velhinho
E parece ouvir ainda, no largo,
O clamor das pelejas, justas e torneios.
Os gritos da defesa contra os invasores,
Suevos, visigodos, romanos, mouros...
No alto da Torre, o meu olhar
Foge à desfilada pela imensidão,
Montado no corcel do espanto...
Numa breve mas bela viagem,
Passo por terras de Espanha,
Rumo ao Norte e vou lá longe,
à Estrela, onde a terra e o céu se encontram...
No regresso à planície Alentejana,
Subo ao Monte de S. Paulo e S. Gens
E rezo aos pés da lendária Padroeira,
A Srª da Pena, que a todos abençoa docemente...
Estrada fora, renovo os pulmões
Com o ar puro, cheirando a caruma
E olho, enlevada, a alvura
Do casario brilhando ao sol,
Descendo a colina, qual véu de noiva...
Volto a descer e percorro ruas e vielas,
Soalheiros e floridos recantos...
Aprecio os testemunhos da História:
A Sinagoga, as portas ogivais,
Maior conjunto hibérico,
As igrejas velhinhas, a bela Matriz,
As fontes de puras águas,
Praças, frescos jardins, monumentos...
É Castelo de Vide, minha terra mãe!
Meu poema de Luz e de Amor!
Amada pelo Sol e beijada pelo Luar!
Moura encantada de etérea beleza,
De grandes e anciãs tradições,
Enfeitiça e prende o viajante,
Que na sua Paz, pureza e cor,
Reencontra a sua Alma.



Apresento os votos de um excelente ano de 2011.

Cumprimentos



Maria Soares