Do correio: "o tão esperado fruto da Tília"




Este ano fez-se maduro a 23 e murchou a 24...
Este ano a Natureza surpreende-nos uma vez mais, suprimindo as Tílias em fruto para as comemorações do 25 de Abril em Castelo de Vide.

T.E.

A oposição ao regime, por escrito, na pessoa de Cecília de Oliveira, em 9 pontos.

  1. Respeito pelos resultados eleitorais
  2. O povo é sábio e não esquece!
  3. “Chorudas” indemnizações?
  4. Equilíbrio orçamental violado desde 2003
  5. Obras por fazer financiam desequilíbrio orçamental
  6. As opções políticas do actual executivo
  7. António Ribeiro pode não terminar o mandato?
  8. Pré-acordo? Cilada silenciosa?
  9. Acreditamos que António Ribeiro é homem de palavra


Excertos a ler:

O vereador Rui Miranda perguntou directamente, olhos nos olhos ao Presidente António Ribeiro (também podem ler isto na já referida acta), se era verdade que existia um pré-acordo eleitoral no quadro do PSD, ainda que informal, no sentido deste renunciar ao mandato antes de o mesmo terminar. Como o Presidente não está habituado a tanta frontalidade e franqueza, em vez de negar (ou confirmar) peremptoriamente, como seria normal, demonstrou imediato nervosismo respondendo apenas não ligar a rumores e insistiu inquisitorialmente saber a autoria dos mesmos.

(...)

o vereador Rui Miranda, fez na reunião de Câmara no passado dia 7 de Abril, uma intervenção e consequente declaração de voto, explicando as razões pelas quais não podiam os vereadores do Partido Socialista votar favoravelmente o Relatório de Gestão (...) Foi de tal maneira detalhada e responsável a sua intervenção, que o Sr. Presidente pediu a intervenção do Técnico responsável pelo Relatório de Gestão e este só teve uma resposta: “A exposição feita pelo Senhor Vereador é uma exposição dos factos”.

na íntegra, aqui

Defina "anteprojecto"

"Salgueiro Maia pouco antes de falecer deixou o seu espólio militar ao município. Nós já temos uma casa e um anteprojecto para vir a construir um museu"



E a mesma notícia, há um ano atrás:

25 DE ABRIL DE 2009

Autarquia instalará "museu da memória"
a Salgueiro Maia em edifício “apalaçado”

O vice-presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Nobre Pita, afirmou recentemente à agência Lusa que a autarquia já adquiriu um edifício apalaçado para instalação do "museu da memória" a Salgueiro Maia e ao 25 de Abril. O NCV pensa tratar-se da chamada Casa do Morgado, na Rua Nova.

De acordo com a mesma fonte, o projecto vai ser candidatado a fundos comunitários e está a ser coordenado pelo historiador de arte António Baptista Pereira. © NCV


daqui

Brevemente

Contrato-Programa

Avisa-nos o notícias de castelo de vide que um dos assuntos quentes da reunião do executivo camarário da próxima quarta feira, 21 de Abril, é o facto de a vereação ser ainda chamada a ratificar uma adenda ao contrato-programa celebrado entre o Município e a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas referente à Biblioteca Municipal.
Pronto, entre isto e a boa nova da isenção do pagamento de taxas para “pinturas e caiações” no ano de 2010, ficamos a saber que o notícias de castelo de vide lê os pregões digitais publicados no sítio da Câmara na internet.
Mas não ficamos informados.

Alguém sabe de que trata a adenda ao contrato-programa entre a CMCV e a DGLB?
E o contrato programa agora adendado entre a CMCV e a DGLB?

Aparentemente é mais uma adenda a uma adenda a um contrato-programa.
Desde 2001, e depois 2006, que a biblioteca é financiada pelo Estado no âmbito de um programa nacional de promoção da leitura, e que foi daí que veio a mudança definitiva da mesma do buraco onde estava antes para o centro da vila, num edifício brilhantemente adaptado expressamente para o efeito. Financia ainda parte do funcionamento, aquisição de volumes, actividades de documentação e implementação de sistemas de tecnologias da informação.
É por estes que vem a adenda. Faz falta mais dinheiro para computadores.

Mas do contrato-programa não é só receber.
A Câmara obriga-se e cumprir certos requisitos, como ter um técnico superior a dirigi-la, quadros qualificados a mantê-la em funcionamento, prover estes de formação contínua adequada, trabalhar em rede, inovar.
Mais: compromete-se a não utilizar nenhuma das áreas associadas à biblioteca para fins que não tenham expressamente a ver com a sua missão (como parece ter feito com o estandarte da alleluia*) sob pena de lhe ver revogado o financiamento e ser obrigada a devolver o já recebido.

Adenda


Contrato nº1000/2007



Para ver melhor as imagens clique nelas UMA vez.
Documento inteiro: aqui

CORRUPÇÃO Póvoa e Meadas/Castelo de Vide

Dizim porí que 20 bolas de futebol do clube da Póva desaparecerim de lá e incontrári-nas qui em Castelo de Vide.
Pô e parece que custarim à volta de 200 êres e em vez de tarim na Póva trôxeri-nas pra cá! Já virim!?
Êlha, dizim..ê num sê..eles é c'andim brutes, c'as bolas num tinhim nada que vir pra cá!


Abracinhe

Edifício Público + Publicidade Religiosa = Crime

eu quando morrer quero ser cromado.

Café Portugal - dossiê

Páscoa em Castelo de Vide


  • Castelo de Vide - Páscoa entre o cristão e judaico
  • Castelo de Vide - Vila Alentejana revive tradições de Sexta-Feira Santa
  • Castelo de Vide - Procissão do Enterro do Senhor
  • Bênção dos Cordeiros abre Sábado pascal em Castelo de Vide
  • Castelo de Vide - Em Sábado de Aleluia recria-se o Mercado do século XIX
  • Chocalhada em Castelo de Vide
  • Castelo de Vide - Procissão da Ressurreição sem imagens religiosas
  • Castelo de Vide - Domingo Páscoa com Procissão Camarária

cá um bêjinhe, juã báiã!

A emissão em directo da praça D. Pedro V. do programa da RTP1, "Portugal no Coração", no passado dia 31, dava para estarmos aqui horas seguidas a destilar veneno pela internet a dentro.
As declarações da maioria dos intervenientes locais, sobretudo do cónego gagá e da directora do rancho, enchem-nos de vergonha pela falta de eloquência e precisão factual.
Assim mesmo, acreditamos que mais vale esquecer este episódio triste e fingir que não se perdeu ali uma estupenda oportunidade de promoção gratuita, em vez de a estarmos aqui a caricaturar, a bem da não perpetuação do estereótipo de portugueses do interior que essas figuras tão bem ilustram.
É assim que se esmiuça o turismo.

Na Carreira de Cima trabalha o «escultor de cabelos»



Pelas portas estreitas do estabelecimento, João Chaves vê Castelo de Vide desfilar há 56 anos. Tantos quantos traz como barbeiro na «Carreira de Cima», como é conhecida a artéria larga que desemboca na Praça D. Pedro V.
Jorge Andrade sábado, 3 de Abril de 2010


Aos 80 anos João Chaves, o barbeiro de Castelo de Vide, mantém mão certa no corte, rente e certeiro. «Não consigo largar esta vida, de manhã acordo e venho logo para a barbearia. Chego e já tenho clientes à porta». O senhor João, traje a rigor, bata verde cingida ate ao pescoço por uma carreira de botões, desfila palavras pautadas pelo ritmo do tac,tac,tac,tac da tesoura que não cessa durante toda a conversa.

Nas últimas cinco décadas Castelo de Vide passou literalmente pelas mãos deste «escultor de cabelos», como gosta de enfatizar João Chaves quando se refere à profissão. O barbeiro da Carreira de Cima, olhar posto no cabelo do cliente comenta: «Olhamos para a cabeça do cliente e percebemos como cortar o cabelo. Quem tem uma tesoura afiada como eu tenho não falha. Dos carecas é que não faço nada, falta a matéria-prima». Ri-se. A palavra sai pronta a João Chaves enquanto orbita o «amigo» que se senta na velhinha cadeira, inaugurada com a abertura do estabelecimento.

É Sexta-Feira Santa. O quadro que a porta da barbearia emoldura fala a época. Passa a Procissão do Enterro de Senhor. Rua apinhada, banda filarmónica em passo solene. Padre e altar à frente. João Chaves olha num relance. Conhece o quadro de muitas Páscoas passadas. «Está a ver, é assim a minha Páscoa. A cortar cabelo».

Começou bem cedo na profissão o senhor João. Ainda menino, com 12 anos. «O meu curso universitário foi tirado numa barbearia», sublinha. «Depois, aborreci-me e fui para Lisboa. Trabalhei nas finanças mas ganhava-se pouco. Desisti e voltei. Abri esta casa. Hoje, depois de tantos anos, em Castelo de Vide sou o único barbeiro. O que há para aí são muitas cabeleireiras». Mas, aí, como conta João Chaves, não se faz a barba. Esta tem segredo para sair a preceito? - perguntamos. «Não homem, as barbas quase as faço de olhos fechados. Sabe o que a faz a barba? É a mão».

Uma mão que tem assegurado a João Chaves uma clientela fiel. «Não me faltam clientes. Até os estrangeiros aqui vêm. Alemães, italianos, holandeses gostam de uma barbearia tradicional». A Casa também é estrela e, inclusivamente já serviu de cenário a uma série belga. Entrar na barbearia é uma viagem retrospectiva. Pouco mudou entre portas ao longo de cinco décadas. As cadeiras «compradas directamente em Lisboa» custaram quatro contos. «Já me ofereceram cem vezes esse valor para as levarem para a América. Não me desfiz delas. Não preciso de dinheiro, preciso de saúde», desabafa João Chaves. Cenário de barbearia que se completa com o aparato de tesouras afiadas, os pincéis de cerda espessa e longa, os espelhos que já viram reflectidos muitos rostos, em diferentes épocas; as fotos das duas netas, muitos recortes, palavras escritas com a vida local.

Ao fundo da barbearia as cadeiras de quem espera o corte dão-nos mote: Senhor João, Isto também é um lugar para muita conversa ao sabor do tempo? «Das boas e das ruins. Há dias em que vou lá para dentro e faço-lhes assim». O gesto, instituição nacional para um «não me chateiem», encerra o tema.

Saltamos a fronteira com a conversa. Afinal de contas Espanha espreita a pouco mais de 15 quilómetros. «Na minha juventude íamos aos bailes para Espanha, a Valência de Alcântara. Não se ia de automóvel, fazíamos tudo de bicicleta. Ainda lá namorei uma rapariga. Não me casei com ela, casei-me com uma portuguesa. Estou viúvo há 19 anos».

João Chaves vai ao fundo da loja e retorna com uma mão-cheia de fotografias. «Sabe ler em francês? Leia lá». Caligrafia certa, numa missiva de 2008. Agradecimentos pelo apoio prestado com a cedência da loja e a promessa cumprida sobre o envio de umas fotografias. Espreitamos as fotos. No caso concreto João Chaves traja à época; século XIX. Faz parte de um júri em tribunal que delibera sobre um último condenado à morte. Percebemos; João Chaves o barbeiro de Castelo de Vide também é estrela de televisão. Sorri. «Vá homem, despache-se. Olhe que falha a procissão».

Esquecemo-nos de si? telefone-nos!