"As minhas raízes"



Castelo de Vide

O património arquitectónico de Castelo de Vide é de uma grande riqueza, é a expressão de uma história plena de vicissitudes, permanecendo vivos os sinais de diferentes ocupações. Merecem destaque o burgo medieval, o castelo, o forte de S. Roque, as muralhas que envolvem a vila, a judiaria, a sinagoga medieval e as portas e janelas ogivais dos séculos XIV a XVI. Para além de constituir uma forte atracção turística, o património arquitectónico de Castelo de Vide constitui um elemento de referência na identidade territorial dos seus habitantes.

O estabelecimento da Inquisição e a publicação do Édito de Expulsão dos judeus dos reinos de Espanha por Fernando e Isabel, os reis católicos, contribuíram para o crescimento da judiaria de Castelo de Vide que mantém na toponímia das suas ruas o testemunho da presença judaica, mas também o da perseguição do Santo Ofício aos cristãos novos.

Em Castelo de Vide a Judiaria desenvolveu-se na encosta da vila virada a nascente. Ainda que estabelecido numa das zonas mais acidentadas, o bairro era atravessado por um eixo fundamental de comunicação do castelo com o exterior e vice-versa.
Da presença judaica em Castelo de Vide restam alguns testemunhos materiais em que assume especial relevância o edifício onde se julga ter funcionado a Sinagoga Medieval. Outros edifícios da Rua da Judiaria, da Rua da Fonte ou da Ruinha da Judiaria mostram ainda o que resta da tradição milenar judaica de marcar a sua fé nas ombreiras das portas.
Vale ainda a pena visitar a Igreja de Santa Maria, em estilo barroco, o pelourinho e os Paços do Concelho, do século XVIII, a Fonte da Vila, em pedra esculpida, e a capela de São Salvador do Mundo, do século XIII. Dentro das muralhas do castelo (agora em ruínas) que deu o nome à vila, a pequena Igreja de Nossa Senhora da Alegria exibe magníficos azulejos policromáticos com motivos florais.
Da história, herdou vastos e ricos patrimónios. Se, por um lado, a arquitectura civil soube ir sedimentando, casa sobre casa, século após século, um casario harmonioso e singular, por outro, a arquitectura militar, colocando pedra sobre pedra, defendeu os moradores e as sucessivas guarnições acasteladas através de sólidas e imponentes muralhas, baluartes e torres, hoje miradouros de paisagens que desafiam os próprios limites da visão humana.

Este conjunto patrimonial, integralmente classificado como monumento nacional, resulta hoje num Centro Histórico Notável, proporcionando roteiros e ambientes maravilhosos, que ficam para sempre na memória.
Castelo de Vide situada na vastidão da planície meridional com os seus coloridos tão característicos desta época do ano, que lhe emprestam beleza e magnitude. Com uma localização privilegiada do nordeste alentejano, integrada no Parque Natural da Serra de S. Mamede, com o seu casario branco, Castelo de Vide surge aos olhos do visitante como um oásis de beleza arquitectónica e riqueza arqueológica.

Ao olhar do cimo do seu belo Castelo, para a totalidade do seu casario, fiquei encantada, e veio-me à ideia a velha frase, que poderia muito bem ser proferida por esta bela vila... Espelho, espelho meu... há alguém no mundo mais bela do que eu?

Castelo de Vide irrompe numa fresca colina da Serra de São Mamede, por entre as densas matas de oliveiras e soutos. A airosa vila, já chamada de "Sintra do Alentejo", é um museu vivo que concentra relíquias seculares de inolvidável beleza.

A mais antiga referência escrita conhecida sobre a povoação data de 1273, mas terá sido que, D. Dinis, que lhe outorgou o primeiro foral em 1310, e que mandou construir o castelo, seguindo-se-lhe o foral de D. Manuel I.

Conhecida pelos inúmeros monumentos do passado, entre os quais se encontram valiosos vestígios arqueológicos da Pré-História e Alta Idade Média, dezenas de igrejas, encantadoras vielas que conservam o maior e mais belo núcleo de portas góticas em Portugal, Castelo de Vide dispõe também do privilégio de ser um dos mais reconhecidos centros termais de Portugal, possuir um clima ameno e situar-se perto da Barragem da Póvoa, um importante pólo de atracção turística a acrescer a esta vila cuidadosamente preservada.
O seu belo castelo foi mandado edificar por D. Dinis, que só foi terminado em 1327 pelo seu filho, D.Afonso IV, marcando a existência histórica da antiga "vila de Vide". A fortaleza funcionou como retaguarda no sistema defensivo conduzido pelo castelo do Marvão, pertencendo os muros e os baluartes, que ainda hoje cercam a vila, aos tempos conturbados da guerra da Restauração.

Hoje, quase que é possível olhar para as pedras e reconhecer nelas o seu passado. Na Praça de Armas, encontramos o poço ao qual foi dado o primitivo nome de Castelo de Vide Aloaca. Ao lado, ergue-se uma torre redonda do século XIII que funcionou como posto de vigia e na torre de menagem, os janelões abertos dão largas ao olhar: a Noroeste o miradouro do Santuário da Senhora da Penha e os promontórios de granito que ainda lembram as Beiras, a Este as planícies que adivinham o Alentejo profundo e a Sudeste o elevado monte do Marvão.

O castelo de Castelo de Vide, poderá ter sido reconquistado aos árabes por D. Afonso Henriques, apesar de só por volta de 1232, esta povoação aparecer devidamente referenciada. A importância deste castelo levou a alguns conflitos, nomeadamente entre os filhos de D. Afonso III, já que este monarca doou o castelo ao infante D. Afonso, que começou a reforçar as suas defesas, acto que seu irmão, o rei D. Dinis, achou suspeito, pelo que cercou o castelo e foi a intervenção do reino de Aragão que pôs fim à contenda.D. Afonso IV, em 1327, conforme inscrição sobre uma das portas, mandou reforçar as defesas do castelo e sob o reinado de D. Fernando, é entregue à Ordem de Avis. À semelhança de muitas outras fortalezas, durante a Guerra da Restauração, depois de 1640, foram-lhe introduzidas alterações para a utilização de artilharia. Alguns anos depois é alargada a sua estrutura defensiva e construído o Forte de São Roque.
As guerras com Espanha e as invasões francesas, causaram grandes danos e esta posição militar foi desactivada. O castelo está classificado como Monumento Nacional, e conserva as muralhas e torres, a Torre de Menagem e no exterior existem ainda parte das muralhas da vila e os edifícios dos aquartelamentos.

6 comentários:

  1. Convém mencionar as fontes de onde são retirados os textos. Fica bem!

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  2. caro(a) asp:

    o texto foi retirado do endereço http://tocadoscoelhosbeira.blogspot.com/2009/07/as-minhas-raizes-paternas.html, como mencionado no link bem vísivel, em letra grande e a negrito, no fim do post. (aqui mesmo por cima do seu comentário, portanto.)

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  3. Pois, mas geralmente isso não chega como fonte...

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  4. Então a Mari Julha tem que comprar óculos porque os coelhos estão numa onda de copiar aquilo que é dos outros...
    Só não vê quem não quer!!!

    www.levecomovento.blogspot.com/2008_11_01_archive.html

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  5. Caro Artur,

    está a ver a história das moscas e do vinagre?
    acha mesmo que é necessária uma tirada dessas, sobre óculos e coisas assim?

    o post foi copiado do blogue referido acima, onde não tem menção a nenhum outro autor que não o do mesmo blogue.
    plágio é uma coisa feia, a gente sabe e não aprova. também não aprovamos o tipo de linguagem do comentário do "ASP" e, por tabela, o seu.

    bastava dizer "o post referido é da minha autoria e não da do autor que referem. acredito que tenha sido um equívoco e agradecia que fizessem o reparo."
    simples e polido.

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  6. O post não é da minha autoria.
    Para ver quem plagia quem, basta seguir os links e as datas de publicação nos referidos blogues...

    Está a ver a história do ladrão que rouba ladrão?

    No hard feelings.

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