vida activa


a unicer, empresa detentora dos direitos de chupismo das águas da nossa s(t)erra, lançou hoje uma campanha chamada "guia da vida activa". a ideia é fidelizar clientes à marca e ao sítio da empresa na web através de visitas regulares ao mesmo onde estarão disponíveis sugestões para melhorarmos a nossa qualidade de vida. passeatas por matas, actividade em liberdade, ar livre e joie de vivre. e, claro, muita água. porque é de negócio que falamos.
por negócio deve-se entender toda a actividade económica que gere lucro, que faça circular capital e que seja, em princípio, benéfica para todas as partes envolvidas.
no nosso caso, tirando os empregos da fábrica da mealhada, não há nenhum benefício para a terra que, segundo o professor josé hermano saraiva, está irremediavelmente seca. não há nenhuma menção nos rótulos nem no sítio web à origem da água que, só para a marca vitalis, daqui sai desde 1985. ao que parece a própria água vitalis é neste momento apenas uma marca, tendo alguns dos lotes origem noutras nascentes bem longe daqui.
há uns anos, para adormecer os espiritos mais críticos, foi criado o circuito de manutenção vitalis, que percorre a serra de são paulo de ponta a ponta, com estações de exercício pontuais e finalizada com um ginásio ao ar livre por cima do campo de futebol do pouso. tudo muito bonito, durante alguns meses. feita a campanha publicitária, com direito a oferta de porta garrafas térmicos e outras coisinhas miseráveis, quem hoje passa pelo circuito encontra um caminho de cabras cheio de buracos, propício a quem corre torcer um pé, equipamentos destruídos e placas de sinalização como demonstram as fotos.
o que eu gostava de saber é quem é que é responsável pela manutenção do circuito de manutenção e porque é que não a faz. mais, com a construção da variante à vila, o que é que lhe vai acontecer?

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