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O luxo simples e o extremo bom gosto juntaram-se e foram viver na casa quase perfeita, escondida no Alto Alentejo, ligada ao mundo por uma linha telefónica e uma estrada estreita e sinuosa. O alemão Horst Belding tem muito orgulho na sua habitação, que associa o conforto à eficiência energética, um bom exemplo que pode espantar muitos ecologistas encartados. Basta ver o sorriso que exibe quando fala dela e a mostra a quem o visita. É uma casa que envergonhará aquelas mansões gigantescas de endinheirados que aparecem nas revistas de decoração, o que nunca sucedeu com a "Quinta dos Pimentos", nome oficial.
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Além de autêntico monumento ao bem-estar, a residência de Horst e da mulher, Irene, ambos com 68 anos, consome água de um furo - "muito boa qualidade", diz ele - e a electricidade provém exclusivamente do sol e do vento. Seis painéis solares e um aerogerador tratam disso. O isolamento térmico tem uma forte aliada na placa de cortiça com 15 centímetros de espessura, na qual assenta o telhado feito de lâminas de xisto.
A história da casa começou há 12 anos, quando o casal veio visitar amigos em Portugal. A abundância de rochedos de granito na região também pesou na decisão de adquirir a propriedade na Beirã e deitar mãos à obra. Contas por alto, Horst diz ter investido na casa que sonhou cerca de 150 mil euros, sem mão-de-obra, que foi quase toda por sua conta. Ele reformou-se, entregou a gestão da sua pequena fábrica de fibra de vidro a uma filha, e deixaram a Alemanha, onde voltam duas vezes por ano, para estadias de cinco semanas.
"Estejam à vontade", diz num português difícil, enquanto se senta num sofá da casa circular e iluminada e convida à descoberta daquele espaço. Em baixo, a cozinha, a sala, a casa de banho, no topo de uma escada de madeira, ao nível de um primeiro andar, a cama em bambús da grossura de troncos, com a cabeceira para Norte e os pés para Sul. "É a posição ideal para dormir".
Tomates de muitas variedades, pimentos, alfaces, cebolas, uma lista de ervas aromáticas crescem viçosos naquele clima adaptado (estufa), garantido por um automatismo que abre o telhado para baixar a temperatura e recorre a dezenas de jerricãs e bidões pintados de preto fosco e cheios de água, alinhados na parede mais soalheira.
LUSA
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