inteire-se: na última semana de agosto, a vila vai estar cheia de gente com processos em tribunal (e outros que não têm, mas deviam ter)

O director da Universidade de Verão do PSD, Carlos Coelho, destacou a importância desta iniciativa na «formação de jovens quadros políticos», recusando que polémicas internas sobre as listas ou a apresentação do programa eleitoral lhe retire impacto.

A Universidade de Verão do PSD realiza-se este ano entre 24 e 30 de Agosto, em Castelo de Vide, e, como é habitual, a líder do partido, Manuela Ferreira Leite, fará a intervenção de encerramento no domingo, 30 de Agosto.

O discurso da líder do PSD, que costuma ser a rentrée política do partido, é este ano antecedido pela apresentação do programa de Governo social-democrata, a 27 de Agosto, o que não retira impacto à Universidade de Verão, considera Carlos Coelho.

«No actual momento político não há nada que retire o impacto àquilo que a presidente do partido quererá dizer no encerramento da Universidade de Verão, ela vai ser ouvida com toda a certeza, não apenas pelos jovens que lá estão mas por todos os portugueses, não tenho dúvidas sobre isso», afirmou.

Sublinhando que o PSD é «o único partido» que faz formação política de jovens quadros de forma regular, Carlos Coelho lembra que esta é já a sétima edição da Universidade de Verão do PSD, que se realiza desde 2003.

Talvez por essa razão, não teme que o actual momento político interno - com a polémica gerada à volta das listas de candidatos a deputados - desvie as atenções das intervenções de alguns convidados, onde se incluem três ex-líderes do partido, Marques Mendes, Pedro Santana Lopes e Marcelo Rebelo de Sousa, ou o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio.

«Este ano, tal como aconteceu há quatro anos, a Universidade de Verão realiza-se muito perto das eleições autárquicas o que nos levou a que fossem convidados os candidatos a presidentes de Câmara de Lisboa e do Porto, o dr. Santana Lopes e o dr. Rui Rio, esses dois eram convites quase que obrigatórios», explicou Carlos Coelho.


Quanto a Marques Mendes, foi uma presença validada pela própria líder do partido, e que já estava pensada «há algum tempo», explicou.

No passado dia 2, antes da aprovação das listas eleitorais do PSD, Luís Marques Mendes considerou «uma vergonha» para a democracia e uma «atitude chocante» para o comum dos cidadãos que políticos acusados, pronunciados ou condenados judicialmente por crimes graves - como corrupção - «possam impunemente ser candidatos a eleições».

As listas de candidatos a deputados do PSD em Lisboa incluem dois arguidos em processos judiciais, António Preto e Helena Lopes da Costa.

«A minha convicção é que estaremos mais interessados todos em ouvir a opinião dos nossos convidados em matérias mais importantes do que analisar o momento político sob o ponto de vista da composição das listas mas se houver alguma pergunta sobre a composição das listas tenho a certeza de que será respondida», afirmou Carlos Coelho.

O director da Universidade de Verão explicou que todos os jantares-conferência «obedecem a uma lógica de pergunta-resposta».

«Começam todos com perguntas minhas, as minhas perguntas não vão incidir seguramente sobre essa matéria, agora eu não censuro as perguntas que possam ocorrer por parte dos participantes», garantiu.

A Universidade de Verão do PSD acolherá cem jovens, divididos em dez grupos de dez, cuja média etária está este ano um pouco abaixo do 23 anos, sendo que quase 40 por cento são mulheres.

Este ano foi também possível apresentar a candidatura à Universidade de Verão via You Tube.

Além dos três antigos líderes do PSD, o programa da Universidade de Verão prevê ainda intervenções de outras figuras do partido, como o ex-líder parlamentar Paulo Rangel ou o vice-presidente António Borges.

Diário Digital / Lusa

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