

José Maria Filomeno é o cabeça de lista deste movimento que, nas próximas eleições autárquicas, irá apresentar uma candidatura à Câmara Municipal de Castelo de Vide.
Tal como refere no Programa Eleitoral, José Maria Filomeno começa, desde já, por ouvir a opinião dos habitantes de Castelo de Vide e Póvoa e Meadas, sobre este projecto. "Espero que todos façam uma óptima leitura e reflexão do mesmo", declara o candidato que deixa também um apelo: "se se identifica com este projecto junte-se a ele e formaremos uma equipa. Assim, juntos poderemos tornar o concelho de Castelo de Vide num município forte, digno e de novo adorado por todos".
O programa apresentado, e que pode ser consultado em www.castelodevidenocoracao.blogspot.com, pretende a "confiança maioritária da população de Castelo de Vide e Póvoa e Meadas".
José Maria Filomeno declara que "com a nossa candidatura é chegado o momento do concelho castelovidense se erguer e renovar. O nosso compromisso com a população castelovidense e povoense tem por base um programa inovador para as legítimas e profundas aspirações do nosso concelho".
O candidato admitiu que "querem que o nosso concelho seja pró-activo e inovador, por isso, temos de andar à frente dos outros concelhos e não na retaguarda deles".
A concluir, José Maria Filomeno refere que pretende "um poder local forte e democrático dotado de autonomia e recursos financeiros próprios, para desenvolver uma economia sustentável e robusta, que seja o orgulho dos castelovidenses e povoenses".
A jovem, formada em Jornalismo e Comunicação pela Escola Superior de Educação foi convidada a dar uma palestra inserida nas comemorações do Bicentenário de Louis Braille (1805-2009) pela Câmara Municipal e Biblioteca de Castelo de Vide intitulada de "A vida de uma jovem invisual: perspectivas".
A vereadora Ana Magro iniciou a sessão com um agradecimento aos presentes, em especial à jovem e à sua família. De seguida, e para abrir o apetite para o que se iria passar a seguir, Patrícia Azevedo, uma amiga da jovem, começou por caracterizar Helena Coelho como "uma jovem lutadora, corajosa, um pouco introvertida. Relatou ainda que "ao longo dos quatro anos que estudámos juntas fui aprendendo a lidar com a Helena. Para mim ela é um exemplo. É das minhas melhores amigas. Sei da condição dela, mas para mim ela é igual às outras pessoas. Só que tem uma limitação. Não a descriminei, nem a desvalorizei. Sempre a tratei de igual para igual".
Posteriormente, Helena Coelho começou o seu discurso de forma desinibida e fluida. Começou a sua palestra desde a sua infância, passando pela adolescência, terminando nos dias hoje e abrindo as portas para o futuro que deseja. Traçou o seu percurso de vida, os obstáculos que ultrapassou e perspectivas numa palestra mágica.
No decorrer da sessão estava a ser projectado o texto e fotografias da jovem para que todos pudessem ficar a conhecê-la um pouco melhor.
Terminada a sessão houve espaço para as perguntas. Em geral prenderam-se com as dificuldades e naquilo que a Helena Coelho pensa ser uma mais valia para que se torne autónoma. Helena Coelho manifestou o desejo de querer um cão-guia e confessou não ter conhecimento dos equipamentos que existem para pessoas invisuais.
A vereadora Ana Magro mostrou-se muito contente. "Estou muito surpreendida". A palavra que mais se ouviu depois da sessão ter terminado foi "agigantou-se".
No final houve um lanche partilhado e todos os presentes congratularam a jovem.
Família atravessa grave crise financeira
Na palestra ficou patente a emoção, quer da família, quer dos amigos da jovem. No entanto, e na presença da vereadora Ana Magro, foi revelado que esta família atravessa uma grave crise financeira e que, mesmo em termos de alimentação, está a ter dificuldades.
A vereadora e a jovem anunciaram aos presentes que em Agosto será iniciado um Estágio Profissional na Câmara Municipal de Castelo de Vide. Para além disto, ficou no ar, e vão reunir-se esforços no sentido de a jovem conseguir um cão-guia e editar um livro, visto que ao longo da sua vida foi escrevendo, tendo por isso um vasto espólio de textos.
A lenda também a podemos ler em “Breve Roteiro da Notável Vila de Castelo de Vide” da autoria de António Vicente Raposo Repenicado. Mais recentemente, um jovem designer castelovidense conta-no-la também numa interessante animação que realizou.
João A. M. Calha
Despacho n.º 4308/2001 (2.ª série), de 1 de Março, Alvará n.º 68/2001, de 28 de Maio
Atribuída à Câmara Municipal de Castelo de Vide, a concessão de pesca na Albufeira de Póvoa e Meadas, abrangendo toda a área de utilização livre identificada na planta de síntese do plano de ordenamento da albufeira, sita na freguesia de São João Baptista e São Tiago Maior, concelho de Castelo de Vide.
A Fonte da Quinta de Castelo de Vide está situada numa quinta com o mesmo nome. Este topónimo advém, segundo a tradição do facto de ti Maria, natural de Castelo de Vide no Alentejo, que ali terá tido a sua residência.
A construção da Fonte tem como data provável o início da década de 30, julgando-se ser obra do antigo proprietário Aniceto dos Santos Paisana.
O processo de legalização da Fonte da Quinta de Castelo de Vide, para a exploração e comercialização da sua água como água de mesa, iniciou-se em 1932. No entanto, a licença concedida pela antiga Direcção Geral de Minas e Serviços Geológicos apenas teve lugar em Abril de 1933.
A laboração manteve-se até ter autorização. No entanto, nos anos 50, o volume de negócios já indica pouca actividade.
Em 1977 é cancelada a possibilidade de vender água em bilhas de barro. A autorização da exploração é concedida novamente em 1982, com a condição da realização de investimentos e renovação da maquinaria. De idade avançada, e com um orçamento representando um montante de investimento elevado, o proprietário não conseguiu dar andamento ao processo. Actualmente encontra-se em grande estado de degradação.
texto e fotos daqui
Sempre existiram minorias étnicas e religiosas em Portugal. Judeus, mouros e, mais tarde, ciganos, constituem os contingentes mais expressivos. Os primeiros antecedem provavelmente as invasões dos segundos, tendo gozado muitas vezes de protecção e favorecimento régios, mercê das suas fortunas e actividades mercantis, e até da sua preponderância cultural. Inseridos num Portugal agro-pecuário e piscatório, dedicar-se-ão aos ofícios ou a actividades liberais (comércio de capitais, ciência, medicina, farmácia, artesanato, ourivesaria, sapataria, alfaiataria e tecelagem) e gradualmente ao comércio e à finança, onde não conheciam grande concorrência.
Ao longo da Idade Média, habitaram preferencialmente - de acordo com as suas ocupações profissionais - nas maiores aglomerações urbanas do Reino, em bairros próprios (judiarias; mourarias no caso dos árabes ou mouros, menos numerosos), praticando o seu culto, falando o seu idioma e mantendo as suas tradições ancestrais. Diplomaticamente, mantinham fidelidade à Coroa, a ela se subordinando. À parte alguns incidentes, principalmente motivados por questões religiosas, a sua vida no Reino não correu nunca grandes riscos de ser posta em causa.
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