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“Por todas as vilas e cidades do Alentejo os "esgrafitos" dominam o alto das fachadas, avivam as esquinas das casas, acompanham a volta das janelas, abraçam em várias ordens de fiadas o fuste das torres sineiras (...) e embelezam ainda mais, se é possível, as chaminés”.
in Virgílio Correia, Etnografia Artística Portuguesa, 1937
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É fácil fazer um esgrafito.
A técnica consiste em ter duas camadas de cores diferentes sobre a mesma base, raspando-se da primeira aquilo que está "a mais", sendo que o "a mais" é o contorno do desenho que se quer fazer, deixando assim à mostra a camada inferior.
Pinte-se um papel inteiro com, digamos, lápis de cera vermelho. A seguir, pinta-se por cima do lápis de cera com tinta da china. Deixa-se secar e dá-se mais uma demão, para termos a certeza que todo o papel está coberto com tinta da china, uma vez que a textura gordurosa do lápis de cera dificulta a aderência da tinta. Deixamos secar mais uma vez.
Agora arranjamos um objecto aguçado mas não afiado. Não queremos rasgar nem cortar o papel, nem retirar a camada inferior (a de lápis de cera). Pegamos nesse objecto, que pode ser o cabo de um pincel fininho, e vamos raspando a superfície com a forma do desenho que queremos imprimir na folha.
E já está.
Na nossa zona, o esgrafito era geralmente feito através de moldes.
O molde era aplicado na parede pintada e posteriormente raspado com uma colher, de modo a aparecer a cal por baixo.
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